Novas informações revelam a intensa troca de mensagens entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, antes, durante e depois dos eventos de 8 de janeiro. As conversas, obtidas pela Polícia Federal, indicam uma possível coordenação e conhecimento prévio dos atos golpistas. Mensagens encontradas no celular de Cid mostram discussões sobre estratégias e possíveis cenários pós-eleições, incluindo a contestação do resultado.

Durante os ataques às sedes dos Três Poderes, Bolsonaro e Cid mantiveram contato constante, com Cid atualizando o ex-presidente sobre o desenrolar dos acontecimentos e as ações das forças de segurança. Após a invasão, as mensagens sugerem uma tentativa de minimizar a responsabilidade de Bolsonaro e de articular uma narrativa favorável aos seus apoiadores.

As revelações reforçam as suspeitas sobre o envolvimento de Bolsonaro na organização e no planejamento dos atos de 8 de janeiro, e devem ser utilizadas como provas no inquérito que investiga a responsabilidade do ex-presidente nos eventos. A defesa de Bolsonaro nega qualquer participação nos atos golpistas e alega que as mensagens foram retiradas de contexto.